segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Miséria

Boa-noite caros leitores. Espero que estejam todos de perfeita saúde. Hoje, e como nem só de ideias originais vive o homem, venho por este meio denunciar um caso que certamente não me afecta só a mim, mas sim todos aqueles que se encontram na situação de desempregados e a receber subsídio de desemprego.
No meu caso, encontro-me a receber subsídio de desemprego subsequente e recebo uma mensalidade de 240€. É certo que se virmos a situação por um prisma, será melhor receber tal quantia do que nada. Mas, pagando a Internet, carregando o telemóvel, comprando tabaco para o mês e bebendo dois cafés por dia, parcelas que representam os meus gastos mensais, fico com cerca de 90€. Ora, tendo em conta que, segundo o líder da CGTP intersindical, o valor actualizado do ordenado mínimo nacional, que está fixado em 475€, representa apenas um meio de subsistência minimamente digno! O que representará , por sua vez, o subsídio de desemprego?
Pergunto o seguinte: se eu não dependesse de mais ninguém, isto é, se não me tivessem dado um tecto e me ajudassem nas minhas refeições, como sobreviveria eu?
Tomando por base o dito ordenado mínimo, pelo menos que o fossem actualizando ao ritmo do aumento da inflação. Isso sim, seria fazer boa politica, pois sifrar-se-ía nos 561,77€. Mas infelizmente não. No nosso país, só alguns têm direito aos prazeres da vida. Já nem falo naqueles que têm rendimentos mensais na casa dos 5000€, só pedia que esse mesmo ordenado mínimo representá-se um valor superior aos 60% do ordenado médio que ronda os 805,50€, ou seja, que representasse no mínimo 483,33€, isto para que vivêssemos numa sociedade minimamente equalitária. Mas não, por este ritmo, o pobre, está irremediavelmente condenado a ser mais pobre.
Já agora, a titulo de curiosidade, faço só menção que o valor do primeiro ordenado mínimo em 1974, era de 3300$00, ou seja 16,50€.