sábado, 2 de janeiro de 2010

Ser ou não ser?

Serei eu degenerado? Penso que não, chega de me martirizar a mim próprio, pois como diz aquela velha máxima de Ernest Hemingway, não se pode pedir a um pobre para ser muito poupado. O verdadeiro problema é da crise que, está aí bem presente e só tende a agravar-se. No fundo, eu não sou, é muito diferente da maior parte dos portugueses da minha geração que, graças a Deus ainda têm um lar e família e, por não almejarem muitas perspectivas de sucesso, tal como muitos deles, vou gastando o pouco que tenho em certos e determinados vícios. E porquê?
Porque a economia está estagnada e sem perspectivas de melhoras. Gasto como se não houvesse amanhã. É a velha história da vaca e do pobre. A poupança e o investimento, só fazem sentido, quando se pressente uma possibilidade de futuro. Quando essa possibilidade é estreita, a única certeza que resta ao pobre, é a orgia do presente.