quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cultura Samurai

Cultura Samurai
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória, pode sofrer uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, pode perder todas as batalhas.”
Origem do parágrafo: blog o Samurai.
Imagem: Hiroyuki Sanada
Comentário próprio: “afinal existem ídolos até ao fim.”
Os Samurais existiram por quase 8 séculos (do VIII ao XV), ocupando o mais alto status social porquanto existiu o governo militar nipónico denominado xogunato. Pessoas treinadas desde pequenos para seguir o Bushido, o caminho do guerreiro.
O samurai era uma pessoa muito orgulhosa, tanto que se seu nome fosse desonrado ele executaria o seppuku, pois em seu código de ética era preferível morrer com honra a viver sem a mesma.
Origem do parágrafo: Wikipédia.
Ora bem, qualquer pessoa que possa ler este ficheiro, pode até perguntar-se – “mas quem é que este (eu) se julga para vir agora para aqui falar da cultura Samurai?”
Pois bem, é assim...
Antes de mais, com certeza que qualquer um há-de concordar que tal como o Capitão do exército norte-americano Nathan Algren, o qual participou na Guerra Civil dos Estados Unidos e que depois foi convidado para treinar o Exército Imperial Japonês na Guerra contra os Samurais (Restauração Meiji), representado pelo ator de cinema Tom Cruise no filme O último Samurai, depois de conhecer tal cultura, se torna muito fácil apaixonar-nos por ela, o que, a este dito Capitão, o fez inverter o seu papel nessa dita guerra.
Para mim (para a minha maneira de ser), o que me leva a valorizar assim tanto a cultura de todo um povo - antes da influência ocidental - é o apreciar as coisas belas e simples da vida. Por exemplo: o nascer do sol, o desabrochar de uma flor, o esvoaçar de uma borboleta e até o próprio vento.
Quanto ao verdadeiro guerreiro Samurai, este, para além de todo o treino e formação que recebe ao longo de toda uma vida, que passa antes de mais por ter uma boa compleição física e ter o poder de adquirir um estado de espírito que lhe permite abstrair-se de qualquer outro pensamento no momento da batalha, o que o leva a um equilíbrio quase perfeito de todos os seus sentidos, a meu ver, só poderia atingir uma integridade inigualável.
Aonde é que eu entro no meio de toda essa história e o porquê de ir buscar força a tal cultura?
Deve-se a julgamentos a meu ver menos assertivos aos quais estamos sujeitos ao longo da nossa vida.
Nos últimos tempos, por força das circunstâncias, tenho estado sujeito a momentos de tensão sem precedentes, por me envolverem num julgamento do Ministério Público, pelos meus actos praticados num passado recente e pior que isso, o quererem que eu julgue outras pessoas pelos seus mesmos actos, o que para a minha consciência se torna inconcebível, por ter plena consciência que uma das minhas maiores virtudes é o de não julgar o próximo pela razão de não me competir a mim fazê-lo.
Como é que eu posso tirar partido de incriminar alguém, tentando forçar-me a assumir sob pena de eu próprio poder vir a sofrer medidas de coação por alegadamente ter participado mais activamente do que a conta num suposto tráfico de substâncias – neste caso proibidas - a pessoas que antes de mais são adultas e que, se não estão ou estavam conscientes dos actos que praticavam, deveriam antes de mais está-lo? Como julgar alguém pelas atitudes deliberadas dos outros?
Uma coisa é certa, antes de mais quero dar um rumo positivo à minha vida e não arranjar problemas com ninguém. Assumo os erros que fiz, mas pelo amor de Deus, não aproveitem de mim para julgar as atitudes dos outros (actividades supostamente menos correctas à vista das grandes instâncias). Com as atitudes dos outros não tenho eu nada a ver desde que sejam maiores de idade!
Resumindo:
Agora que tenho 45 anos e que com certeza não adquiri o equilíbrio de um Samurai não é agora que vou conseguir adquiri-lo, até porque a partir de uma certa idade passei a sofrer de vertigens o que nunca me permitiria fazê-lo, mas uma coisa é certa:
“Quando eu não tenho medo de morrer, como posso ter medo de ser preso?”





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